Nasceu no ano de 1794 um homem que se chamava O Poeta da Vida.
O Poeta era um médico respeitado pela sociedade.
Casou-se ,teve dois filhos que encantavam o casal.
Amava-os ate o limite do seu entendimento.
Beijava-os diaramente.Raramente se encontra um pai tão presente.
Todavia enfrentou a mais dramática tempestade noturna.
Viajava de carro,chovia muito.
Numa ultrapassagem perdeu seu controle do carro e sofreu um grave acidente.
Toda sua família se fora, um dos filhos n morreu no ato.
Ficou um período prolongado em coma.
O poeta também ,mais por poucos dias.
Quando acordou,o mundo desabou.
Atormentava-se dia e noite com idéias negativas de culpa e esmagavam sua tranqüilidade.
Como conseqüência teve sucessivas crises depressivas.
O tempo passou , e o poeta tinha sede de compreensão , de interiorização .
Tais atos resultaram em medicamentos ,psiquiatras ,isolamento como da crise depressiva.
O Poeta ,ao saber que seu filho tivera uma parada cardíaca e morrera na UTI ,ficou agitado,entrou em desespero.
Foi o golpe fatal.Internaram-no novamente.
Se tivesse sido simplesmente abraçado ,ouvido,amparado,talvez tivesse suportado seu sofrimento.
Mais foi tratado como um doente.
Não tentou suicídio ,n desistiu ,mais fugiu do hospital e saiu sem destino pelo mundo.
Na rua , o Poeta encontrou miseráveis como ele.
Conheceu os incompreendidos,os dilacerados pelas perdas, os mutilados pela culpa , os transtornados pelas psicoses,os que são considerados lixo do sistema.
Ajudar a todas essas pessoas deu-lhe ânimo.
O Poeta chorara muitas vezes ao longo das estradas.
Para o Poeta,ajudar os abandonas era prestar uma homenagem aos seus filhos e à sua esposa.
Pouco a pouco,ele resgatou a fé em Deus.
Desse modo o Poeta saiu do casulo ,levantou-se das ruínas.
Fez das suas perdas uma cortante lamina para lapidar sua inteligência, coisa rara no seu e no meu mundo.
Sua saudade jamais foi resolvida, mais as perdas não mais o asfixiaram.
Eles estavam vivos no único lugar em que jamais poderiam morrer - dentro dele.
Ricos são os que extraem muito do pouco e livres os que perdem o medo de ser o que são.
Por: Augusto C.
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