sexta-feira, 4 de junho de 2010

MENDIGO SEM VIDA?

Nasceu no ano de 1794 um homem que se chamava O Poeta da Vida.

O Poeta era um médico respeitado pela sociedade.

Casou-se ,teve dois filhos que encantavam o casal.

Amava-os ate o limite do seu entendimento.

Beijava-os diaramente.Raramente se encontra um pai tão presente.

Todavia enfrentou a mais dramática tempestade noturna.

Viajava de carro,chovia muito.

Numa ultrapassagem perdeu seu controle do carro e sofreu um grave acidente.

Toda sua família se fora, um dos filhos n morreu no ato.

Ficou um período prolongado em coma.

O poeta também ,mais por poucos dias.

Quando acordou,o mundo desabou.

Atormentava-se dia e noite com idéias negativas de culpa e esmagavam sua tranqüilidade.

Como conseqüência teve sucessivas crises depressivas.

O tempo passou , e o poeta tinha sede de compreensão , de interiorização .

Tais atos resultaram em medicamentos ,psiquiatras ,isolamento como da crise depressiva.

O Poeta ,ao saber que seu filho tivera uma parada cardíaca e morrera na UTI ,ficou agitado,entrou em desespero.

Foi o golpe fatal.Internaram-no novamente.

Se tivesse sido simplesmente abraçado ,ouvido,amparado,talvez tivesse suportado seu sofrimento.

Mais foi tratado como um doente.

Não tentou suicídio ,n desistiu ,mais fugiu do hospital e saiu sem destino pelo mundo.

Na rua , o Poeta encontrou miseráveis como ele.

Conheceu os incompreendidos,os dilacerados pelas perdas, os mutilados pela culpa , os transtornados pelas psicoses,os que são considerados lixo do sistema.

Ajudar a todas essas pessoas deu-lhe ânimo.

O Poeta chorara muitas vezes ao longo das estradas.

Para o Poeta,ajudar os abandonas era prestar uma homenagem aos seus filhos e à sua esposa.

Pouco a pouco,ele resgatou a fé em Deus.

Desse modo o Poeta saiu do casulo ,levantou-se das ruínas.

Fez das suas perdas uma cortante lamina para lapidar sua inteligência, coisa rara no seu e no meu mundo.

Sua saudade jamais foi resolvida, mais as perdas não mais o asfixiaram.

Eles estavam vivos no único lugar em que jamais poderiam morrer - dentro dele.

Ricos são os que extraem muito do pouco e livres os que perdem o medo de ser o que são.

Por: Augusto C.

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